Montenegro aumenta objetivos e fala de salário mínimo nos 1.600 e médio nos três mil euros
O primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, aumentou hoje os objetivos salariais para o país, falando agora em 1.600 euros de salário mínimo e 3.000 euros de médio, um dia após mencionar valores inferiores.
"Nós não queremos crescer 2% ao ano. Queremos crescer 3%, 3,5%, 4%. Nós queremos que o salário mínimo não chegue aos 1.100 [euros]. Esse é o objetivo que temos para esta legislatura, mas nós queremos mais. Que chegue aos 1.500 ou aos 1.600", disse hoje no encerramento do X Congresso Nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD), no Porto.
O primeiro-ministro, que na sexta-feira tinha sugerido aproveitar a oportunidade da possível mudança das leis laborais para elevar o salário mínimo para os 1.500 euros e o médio para 2.000 ou 2.500, disse hoje não querer "que o salário médio chegue aos 1.600 ou 1.700", mas sim que "chegue aos 2.500, 2.800 ou 3.000 euros".
Telejornal | 6 de dezembro de 2025Também na sexta-feira à noite, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou o primeiro-ministro de estar a "lançar uma cenoura" aos trabalhadores ao falar no aumento do salário mínimo para 1.500 euros, numa tentativa de esvaziar o conteúdo da greve geral.
Quer à entrada e à saída do Auditório Nobre do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), onde decorreu o congresso dos autarcas social-democratas, Luís Montenegro não quis prestar declarações aos jornalistas.
"Nós queremos, efetivamente, criar a riqueza que possa combater a pobreza. Nós queremos um país que pense e execute um projeto de desenvolvimento que possa ser duradouro, que possa ser consistente, que possa ser suficientemente robusto para, cada vez mais, ser exemplar, como já é, hoje, à escala europeia", frisou no seu discurso.
O líder do PSD atirou ainda aos que "duvidam" da ambição do Governo.
"São os mesmos que duvidaram que o ano passado que nós atingíamos as nossas metas orçamentais e económicas. Superámo-las. São os mesmos que este ano tornaram a duvidar e nós vamos tornar a superar", assegurou.
O primeiro-ministro antecipou também que "daqui a um ano" as suas palavras "vão fazer ainda mais sentido", tal como daqui a quatro anos, no final da legislatura e dos mandatos autárquicos, que terminam ambos em setembro de 2029.